O acabamento que traz muita história e memórias.

A palhinha pode compor vários estilos e designs pois traz um toque retrô e ao mesmo tempo sofisticado, das tramas naturais

Inicialmente a Palha Indiana ou Tela de Rattan, apareceu no Brasil no século XVIII. Nesta ocasião ela surgiu como uma alternativa “tropical” aos móveis europeus cheios de estofado pois a Palha era artigo de luxo e apenas os mais abastados a tinham em sua decoração. Desta forma, passaram a integrar versões de peças clássicas do design, como a Poltrona Luís XV e a Cadeira Medalhão.

Num segundo momento a palhinha se popularizou, já no século XIX, quando em Viena, Michael Thonet, criou uma cadeira de madeira de design arredondado e assento de palha conhecida como Cadeira Austríaca ou Cadeira Thonet.

Nesta ocasião, esse estilo mais moderno com a palha ganhou o mundo tornando-se um clássico da decoração.

Numa terceira fase, quase um século depois, na década de 50, a cadeira Thonet chegou ao Brasil e a Palha Indiana voltou a fazer parte das casas brasileiras, dessa vez de forma mais acessível.

Repaginado e integrado ao mobiliário contemporâneo, o acabamento voltou com força, graças ao movimento de valorização de peças artesanais.

Conhecendo Melhor a Palhinha.

Empalhar é uma das mais antigas técnicas de fabricação de móveis usada por guerreiros tibetanos, princesas peruanas e faraós egípcios, há milhares de anos.

“Palhinha” é o termo para a casca da haste do Rattan, bem comum na Indonésia. Outras plantas também produzem material semelhante. Seu começo se deu em cestas, e foi evoluindo até chegar ao mobiliário. Uma cama de palhinha foi enterrada no túmulo de Tutancâmon em 1323 a.C. Já na Europa, os móveis com esse acabamento apareceram pela primeira vez na Holanda, na Inglaterra e na França em torno da década de 1660, devido ao comércio intenso com a Ásia. De lá, vieram para o Brasil, e por serem mais frescos – pois permitem a circulação de ar, além de serem móveis mais leves e menos suscetíveis ao mofo -, fizeram muito sucesso por aqui.